A hora e a vez das cervejas artesanais 26b5f

Que o brasileiro gosta de uma cervejinha não é nenhuma novidade. Mas o aumento do consumo de cervejas artesanais no país mostraque ele está mudando a forma de consumir a tradicional bebida e surge, com isso, novas possibilidades de crescimento e inovação no segmento. De acordo coma Associação Brasileira de Microcervejarias (Abracerva),o mercado de cervejas artesanais deslanchou nos últimos 10 anos e se fi rmou no setor com crescimentode 20% a 30% ao ano e faturamento anual de aproximadamente R$ 2 bilhões. De carona neste crescimento, o empresário rio-pretense, Cristiano Carvalho, quehá um ano está à frente do Empório Santo Lúpulo,investe pesado no empreendimento que traz 220 rótulose mais de mil estilos de cervejas artesanais.

Neste sábado (dia 25), o local vai receber a visita do Viajante cervejeiro (leia mais ao lado). De acordo com Carvalho, uma das principais diferenças entre as cervejas comuns e artesanais são osingredientes usados na fermentação. “Nas cervejas conhecidas como comerciais usam milho – geralmente 45% – pelo baixo custo da matéria-prima. Já nas artesanais são usados malte (100%) e cevada, fazendo com que fiquem com sabor delicioso e aroma marcante”,afirma ele.

Os sabores são variados e incluem ingredientes como chocolate, abóbora, banana, pimenta, cravo, trigo,lúpulo e outros. Uma das cervejas artesanais que chamam a atenção no Empório Santo Lúpulo é a cerveja Invicta Imperial Índia, fabricada em Ribeirão Preto (SP). “É a cerveja artesanal mais amarga do Brasil, mas é muito saborosa”, afi rma Carvalho. As bebidas
variam de R$ 10 a R$ 300 com opções brasileiras e importadas da Inglaterra, Alemanha, Bélgica e Escócia.

Cervejaria Trieste
Uma nova empresa está sendo montada pela família Franzotti em Potirendaba. A Cervejaria Trieste deve entrar em funcionamento ainda não tem data para ser inaugurada. O nome é uma homenagem à região de Trieste, na Itália, de onde imigrou a família Franzotti.  A Cervejaria Trieste vai fabricar cervejas do tipo American Lager, Witbier, Pale Ale e Strong Ale. O objetivo
é produzir uma cerveja artesanal, com malte 100%  puro. “É um nicho de mercado, totalmente diferente das grandes marcas comerciais de cerveja. Este segmento está em alta na preferência do consumidor e  faremos algo muito diferenciado. Quem aprecia boas cervejas vai gostar das nossas marcas”, garante o Diretor Presidente da Bebidas Poty José Luiz Franzotti.

PRÓXIMA PARADA: RIO PRETO
O paranaense Edson Paulo de Carvalho  Junior tinha uma carreira consolidada no ramo da publicidade até que uma paixão virou sua cabeça. Por meio de uma lojinha escondida em um bairro de Barcelona, o universo das cervejas artesanais lhe conquistou.A partir daí, decidiu que queria mesmo era trabalhar com isso. Carvalho fez cursos na área, foi jurado de concursos de cerveja e trabalhou em uma loja especializada. Mas ainda faltava algo. Quem já viajou por mais de 20 países não cria raízes assim de uma hora para outra. Foi aí que decidiu
que as viagens e a cerveja teriam que fazer parte da sua rotina. Hoje, ele é o famoso Viajante Cervejeiro. O publicitário não tem mais endereço fixo, viaja pelo Brasil desde maio de 2014 na busca de bares, lojas e restaurantes que ofereçam boas cervejas e um serviço com foco na cultura cervejeira. O viajante estará neste sábado (dia 25), a partir das 14hs, no Empório Santo Lúpulo, em Rio Preto, para uma palestra sobre suas aventuras e uma degustação orientada. O valor do convite é R$ 50 e toda a renda será revertida para o custeio da viagem de Carvalho.