O vereador Renato Pupo (PSDB) é candidato a deputado estadual pelo PSDB. Ele disse que falta apenas sentar com o partido para definir a campanha. Decisão vem após um café-reunião com o ex-deputado Vaz de Lima e o presidente do diretório municipal do PSDB, Manoel Gonçalves. Vaz afirmou aos dois que nem ele nem Ivani Vaz de Lima são candidatos e deixou a pista livre para Renato Pupo colocar o pé na estrada.
Odélio, o tolerante
Para dizer que a criação do Conselho da Diversidade Sexual e de Gênero quando proposto por um vereador é ilegal, Odélio Chaves (PP), o sábio, argumenta que o artigo 210 da Lei Orgânica do Município (LOM) permite que o Conselho pode ser proposto por um vereador, desde que seja um órgão da Câmara e não para o Executivo. Na realidade, o texto é confuso. O autor da obra prima se chama Ricardo Lewandowski, que foi contratado para fazer o projeto da Lei, uma determinação da Constituição de 1988.
OAB LGBTQIA+
Parecer do ex-presidente da OAB Rio Preto, Marcelo Henrique, com base no mesmo artigo da Lei, diz o oposto. Vereador pode criar Conselhos para o Executivo, desde que consultivos e não remunerados. Renato Pupo diz que não dá para dizer que Odélio está errado porque o Direito é uma matéria da área de Humanas e, portanto, interpretativo. Mas, concorda com a OAB e discorda de Odélio.
Pedro, o único
Pedro Roberto (Patriota) não é advogado, mas foi o único que disse que o Legislativo não cria Conselho na sua estrutura istrativa. Renato Pupo e o vereador, também advogado, Bruno Marinho (Patriota) votaram a favor do Conselho.
Lero lero
Odélio é contra a criação de um Conselho que discuta políticas públicas ligadas à comunidade LGBTQIA+. Para escamotear, usa filigranas jurídicas para não se expor como intolerante. Mais intolerante que ele, só os vereadores da extrema direita que apoiavam a ditadura militar. Outro vereador que tergiversa com um discurso mais refinado, criando um clima amistoso, é Jean Charles Serbeto (MDB). Mas, fica nu quando profere o voto.
Lelé: “Nunca vi ou li”
O jornalista e historiador Lelé Arantes, que há 40 anos escarafuncha a história de Rio Preto em arquivos familiares, públicos e cartórios daqui, Jaboticabal, Araraquara e outras regiões onde descobre referências à nossa fundação, nunca leu nenhum documento que a Câmara Municipal tenha criado um Conselho para si. Só Comissões Permanentes. Lelé tem na ponta da língua nosso dia-a-dia desde quando a região, ainda na década de 1820, começou a ser lentamente ocupada.
Tocou o terror na Vila
Lelé descobriu, por exemplo, que nosso fundador, o respeitado João Bernardino de Seixas Ribeiro, foi chefe de gangue, aterrorizava o “Picadão do Cuiabá”, estrada que ava por aqui construída em 1798 pelo Império, e foi preso por uma tropa de policiais vinda de Campinas, onde cumpriu pena. Aqui, não teve homem para isso.
O Mês do Fico
Geninho Zuliani diz que não sai do União Brasil para se filiar no PSDB. Perguntado sobre a relação com Júnior Bozella, federal do mesmo partido, não responde. Os dois vivem se desentendendo. Apenas Bozella tem frequentado o diretório paulista do partido. Fausto Pinato, que anunciou que deixa o PP, disse ontem que ainda não escolheu o novo partido. Será de centro-direita. A janela para mudanças fecha dia 2 de abril.
Anfitrião
O prefeito Edinho Araújo recebe dia 14 de março, das 9h às 18h, prefeitos de vários estados. A Associação dos Municípios da Araraquarense (AMA) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizam no Ipê Park Hotel encontro para debater a pauta municipalista do ano de 2022.
Homenagem ou manobra?
Nas duas sessões da última terça-feira (8), Pedro Roberto Gomes abriu mão de presidir os trabalhos e transferiu a presidência à vereador Karina Caroline (Republicanos) em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. Será mesmo? Pode ter sido apenas uma manobra. O presidente da sessão não vota em algumas situações. Livre dela, ele pôde votar a favor do Conselho da Diversidade Sexual. Se foi manobra, não funcionou. O Conselho foi derrotado por 8 a 7.
Para rir e para chorar
O grande astro da sessão em homenagem às mulheres foi Luiz Celso Peixão (MDB). Cantou na Tribuna a música Mulher, de Erasmo Carlos. Quem emocionou, no entanto, foi a vereadora Cláudia de Giuli (MDB) que contou a sua história. Desde criança, quando foi proibida de brincar como meninos, bola, carrinhos de rolimãs, até o assassinato do marido em um assalto e a acusação de que foi a mandante. O retrato da mulher brasileira. Ainda mais quando ela não esmorece e reverte as adversidades em sucesso.
Samba de uma nota só
Anderson Branco (PL) atira até no Dia Internacional da Mulher. Na Tribuna, ele pediu que haja fiscalização contra assédios moral e sexual contra mulheres em repartições públicas. Embora não tenha citado, o discurso foi feito para o delegado Renato Pupo. A esposa de Branco denunciou assédio sexual que teria sido promovido pelo delegado José Mauro Venturelli. A esposa de Branco é policial civil. À época, Renato Pupo defendeu Venturelli. O MP arquivou o caso por falta de prova.
“Taradão”
Quem foi metralhado por todos, de A à Z, foi deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãe Não Falo Mais”, após se mostrar um lixo moral ao dizer que mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”. Sem noção, não soube nem entender o momento de fragilidade com guerra e intensa diáspora sem rumo definido. Foi um dos raros momentos de convergência entre esquerda e direita na Câmara. Foi chamado de “taradão”.
Coletivas
Para marcar a data na história da cidade, participou da sessão pela primeira vez, um coletivo, chamado Coletivas, formado por quatro mulheres. Oposição, ocupou o lugar se João Paulo Rillo, que tirou 30 dias de licença. Três do Psol e uma do PCdoB. Quem falou pelo grupo foi a historiadora e psicóloga Jéssica Oliveira. Priscilla Bernardes, Franciele Falsoni e Bruna Giorgiani ocuparam a cadeira. As posições políticas são as mesmas de João, mas Jéssica é menos belicista. Ao menos, por ora.
No forno
Continua no Deic de Rio Preto investigação sobre os tiros que foram disparados contra a casa do vereador Bruno Moura (PSDB). Não há detalhes. Com algum atraso, Renato Pupo respondeu ao advogado de Moura, Pedro Quintino, que foi questionado se o delegado, vereador pelo PSDB, poderia presidir o inquérito. Pupo respondeu que distribuiria o inquérito porque “nossa relação não é boa” e mesmo sendo imparcial, “se a investigação não fosse como ele queria”, ia contestar.
Fechado
Ontem (10) o prefeito Edinho Araújo (MDB) sancionou projeto que transfere área pública para o projeto Maquininha do Futuro, criado e istrado por Bruno Moura. O projeto rendeu bate boca quando João Paulo Rillo (Psol) disse que a cessão da área é ilegal e uma forma de cooptar o vereador.
Cutucando
O vereador Júlio Donizete (PSD) volta a cutucar uma ferida. Pede informações de todas as praças de esporte, funcionários e salários. É o Auxílio-Atleta. Cutuca o secretário de Esporte, Fábio Marcondes (PL).
“Eu sou Tarcísio”
Cabo Júlio declarou que não apoia mais o Geraldo Alckmin. “Agora eu sou Tarcísio (de Freitas)”, candidato ao governo paulista. O vereador também declarou voto em Bolsonaro para presidente. Mesmo que seu partido (PSD) do Eleuses Paiva, tome outro rumo.
Para crescer
O presidente do Podemos de Rio Preto, Renan Moura, disse que o partido vai filiar uma pessoa ligada ao MBL que teve aproximadamente 1,3 mil votos. Não disse o nome. Faltaram poucos votos para Warlen Miller, do MBL Rio Preto, chegar aos 1,3 mil em 2020.