Aparentemente um sucesso, a remoção da primeira família e do primeiro barraco da Favela Marte foram antecipados a pedido do governo do Estado para que Rodrigo Garcia (PSDB) pudesse sair na foto pilotando uma retroescavadeira. Segundo a diretora do Instituto
Valquíria, Amanda Oliveira em reunião técnica na Prefeitura, a retirada foi acelerada. Começaria nesta quinta-feira (7). Nessa data, em campanha, Garcia já não podia mais participar desse tipo de evento público. Até ontem (7) 147 residências estavam alugadas e 11 famílias transferidas.
Tensão
A retirada à toque de caixa fez com que os representantes da iniciativa privada que estão envolvidos no processo fizessem críticas pela forma atabalhoada como tudo se deu. A Secretária de Educação, Fabiana Zanqueta, reclamou que até no dia da remoção não havia recebido a lista das crianças que precisam ser transferidas para outras escolas. A FL revelou que não foi informada sobre quais os equipamentos vão ser usados na rede elétrica e o cronograma das obras. Para piorar, existem dois problemas complexos: o primeiro, é a autorização da Rumo para fazer ligações de água e esgoto que am debaixo da linha férrea. O segundo, o Semae está sem o cronograma das obras.
No escuro
Em entrevista a uma emissora de rádio, o prefeito Edinho Araújo (MDB) itiu que segue sem um plano para a desocupação da favela Marte. “Estamos discutindo isso, é uma obra coletiva, complexa, tem que contar com a colaboração de todos e estamos avançando, teremos mais detalhes, queremos ter um cronograma”, disse. O Instituto Valquírias reclama até da largura das ruas que foram projetadas. Se um carro estacionar, outro não a.
Bonzinho
Rodrigo Garcia raspou o fundo do tacho. Até o último dia 2 de julho, quando um pré-candidato podia participar de evento público, ele foi ao limite da legalidade. Criou um programa chamado Governo na Área e, segundo levantamento, distribuiu cerca de R$ 3,5 bilhões a Prefeituras de todo o estado.
É o TCE
Esses relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) só enchem o saco. Por exemplo: no último do TCE, na parte de destinação para o terceiro setor, aparece o nome do projeto Maquininha, criado pelo vereador Bruno Moura (PSDB). Nele, lê-se que o projeto recebeu, em 2021, em plena pandemia, R$ 300 mil do governo do Federal e outros R$ 421,6 mil em recursos municipais. São R$ 721,6 mil. Quase R$ 1 milhão. Sem contra turno (período integral).
Os incrédulos
Depois de 2 anos e 4 meses de pandemia em Rio Preto, um grupo de médicos e advogados vindos de São Paulo se reúnem na Unorte (ex-Unorp) para discutir Mitos e Verdades sobre o uso de máscara e vacinas contra a Covid-19. Médicos como Maria Emília Gadelha, Nélson Modesto, Raissa Soares, Silvia Waiãpi e Alessandro Loiola e os advogados Wilson Koressawa e Cláudio Luís Caivano vão falar sobre “máscaras” e “vacinas”, covid tem tratamento?, aporte sanitário, ativismo jurídico e político, restrições na pandemia e responsabilidade cível e criminal durante e após pandemia. Começa às 18h e termina às 22h. O doutor Aldenis Borim não foi convidado.
Erros
O prefeito Edinho Araújo (MDB) e a pré-candidata a deputada estadual Coronel Helena (Republicanos) tiveram suas contas da campanha de 2020 aprovadas parcialmente. A punição do prefeito foi pagar quase R$ 22 mil de multa ao Tesouro Nacional e a da Coronel Helena, outros R$ 20,5 mil.
Liberou
O Alarme virou AmAA. Amor, Acompanhamento e Atenção é o nome do novo Instituto. Mas, a novidade é outra. Durante 70 anos consecutivos, com raras exceções, as diretorias que aram à frente do Instituto se negaram a permitir a transferência, sob qualquer figura jurídica, da área de 10 alqueires na região mais valorizada de Rio Preto, à iniciativa privada. Nessa nova mudança, uma das principais ações, será justamente urbanizar e explorar os 10 alqueires. Afinal, bancar a estrutura, custa, e a área vai continuar no Instituto. Para impedir futura cobiça, o AmAA vai virar uma Fundação e ser fiscalizado pela Curadoria das Fundações do Ministério Público (MP).
Espertos
Há exatos 40 anos, uma famosa família da cidade, inconformada em perder o direito de construir um Shopping na Zona Sul pelo ex-prefeito Manoel Antunes (PMDB), e à frente da direção do Alarme, tentou trocar uma de suas fazendas pelos 10 alqueires e ganhar um espaço nobre onde a grana rola na cidade. Acabou removida da diretoria com nota zero. O único que conseguiu explorar o local, alugando barracões, foi o ex-empresário Nelson Silva. Dono de parte do Frango Sertanejo, alugava barracões para a criação de pintos.
Pedronaro
Um estranho no ninho. Esse é o nome de um antigo filme, mas ilustra a presença do presidente da Câmara, Pedro Roberto Gomes (Patriota) na visita que o pré-candidato de Jair Bolonaro (PL) ao governo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez a Rio Preto sábado ado. A presença de Pedro provoca especulação. Ela se aproxima cada vez mais de Diego Polachini, presidente da Executiva Municipal do Republicanos, inclusive com contratação de indicados pelo dirigente partidário. E, dizem, Pedro não senta na mesma mesa que o presidente de seu partido em Rio Preto (Patriota), Secretário dos Serviços Gerais, Ulisses Ramalho. O que intriga, é que ideologicamente, Pedro não se mistura com bolsonaristas. Já foi eleito pelo PCdoB.
A ponta
Diego Polachini andou especulando sobre a imparcialidade da empresa Sinfor Consultoria e Pesquisa. Quando Rodrigo Garcia estava com apenas um dígito em pesquisas como o DataFolha, a Sinfor fez uma na qual o governador já aparecia em 2º lugar, com 23 pontos percentuais, atrás de Fernando Haddad (PT). Agora, com o nome de Márcio França (PSB) fora do grupo de candidatos ao governo do estado, Garcia aparece em 3º, com 12% e Tarcísio em 2º, com 15%. Polachini descobriu que a Sinfor trabalha, por exemplo, para o presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari (PSDB), em Votuporanga, Fernando Cunha (PSD), prefeito de Olímpia, e para o impoluto deputado federal, Fausto Pinato (PP).
Vem aí
Estava demorando muito para a Câmara ar por uma nova reforma. Um presidente, uma reforma. Pedro Roberto vai fazer a dele. Novamente, vai ar pelo Plenário e pela TV Câmara. Na TV, é necessária uma sala para colocar os tradutores de sinais para deficientes auditivos. Hoje, eles parecem barata tonta. Correm de um lado para outro, de acordo com qual vereador vai se pronunciar para traduzir o conteúdo para o telespectador. Essa conversa de reforma no prédio da Câmara é velha. Uns dizem que é para descerrar uma placa e marcar a agem do vereador pela presidência. Outros, dizem outras coisas….
Conhece
Gato que corre atrás de todos os ratos ao mesmo tempo, pode ficar sem pegar nenhum. Parece ser o caso do ex-prefeito e ex-deputado Valdomiro Lopes (PSB). Depois de costurar uma dobrada com João Paulo Rillo (Psol), que é candidato a federal, continua a costurar as chamadas dobradas “por fora” com outros pré-candidatos a deputado federal.